Caminha, praça de armas e velho burgo fronteiriço, porto convergente de vias fluviais e terrestres, de todos aqueles que, quer em missões comerciais, quer como peregrinos dirigindo-se a Santiago de Compostela, aqui passavam, e vivia um movimento intenso de viajantes que, durante alguns dias aqui permaneciam, descansando antes de retomar a viagem.
Em 1499 fundava-se a Confraria de Nossa Senhora da Misericórdia, cuja ermida se situava fora de muros há já muitos anos, e no local onde mais tarde se viria a fazer o convento de Santa Clara.
Com a aparecimento das Misericórdias, foi fundada em Caminha, em 1516 a Santa Casa da Misericórdia, tendo neste ano o compromisso, idêntico ao da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, mais velho que a nossa 18 anos. Este compromisso viria a ser confirmado por D. João III, no ano de 1537.
A Igreja da Misericórdia viria a construir-se na sequência de um pedido dos Caminhenses, com os seguintes privilégios: que a Igreja que edificassem da invocação da virgem Nossa Senhora da Misericórdia e que tal igreja fosse isenta de toda a jurisdição e somente reconhecesse sujeição à Sé apostólica e à Igreja Lateranense e que na tal igreja pudessem ter campanários, sinos, cemitério para enterrar os mortos, ter altares, pia de baptismo, com casas, oficinas e mais coisas necessárias à dita igreja e aos irmãos da dita casa e aos que todos nela fossem sucedendo.
Foi atendida a petição dos Caminhenses a 5 de Dezembro de 1546. De imediato se começou a construir a Igreja, que ficou concluída em 1551. A primeira missa foi dita numa quinta-feira, dia 21 de Maio de mesmo.
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